sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Não tenho mais como frear

Da comunidade, sinto que talvez, apesar de tudo, tenha me valido a pena, ou não, talvez isso seja o pior, (bizarro, nesse exato momento ela entra no msn), mas o fato é que algo vai ficar em mim de toda essa bagunça nessa comunidade, ela, [LOIRA], guria goiana, que conheci nessa comunidade, eu não quero isso, ela é muito querida, muito legal comigo e bonita. Eu odeio isso, odeio essas paixões que me atacam, essa ainda com aquele jeito de paixão adolescente, começo a tentar desviar meus pensamentos, mesmo assim não consigo, e começo a sentir medo de isso se tornar mais forte, ultimamente só tenho pensado nela, entro no msn pra falar com ela, cuido ao falar com ela, me assombra a possibilidade de contrariá-la, mas ela ta longe, longe demais, por que me paixões são impossíveis? No orkut, ela é casada de brincadeira com um cara de Goiás também. Já sinto ciúmes, ciúmes dela falar com qualquer outra pessoa, seja homem, seja mulher, a quero toda só pra mim, e ciúmes, pra mim, significa uma coisa, que já não poderei mais escapar dessa paixão, com certeza vou sofrer, de novo, sem chance alguma de que algo de concreto aconteça.

Eu não quero mais ter sentimentos, sentimentos são ruins, só me fazem sofrer.


Ozzy Osbourne - Ghost Behind My Eyes
O. Osbourne- M Hudson- S. Dudas
There is a person living in my head
she comes to visit every night in
bed
I fight the demon, but it just won't
fall
They voices in my dungeon starting
to call
The spiders dancing on the wall
Suicide of love we could have had it
all
And it is you,
You are the ghost behind my eyes
I can't see through you,
You are the ghost behind my eyes
The ghost that tells me lies
The princess of the dark has made my
mind home
My haunted head and her won't leave
me along
She dances on my heart with fire in
my soul
I hate that feeling when I'm losing
control
The spiders dancing on the wall
Suicide of love we could have had it
all
And it is you,
You are the ghost behind my eyes
I can't see through you,
You are the ghost behind my eyes
The ghost that tells me lies
I wish to God that I could sleep
again,
Oh peace again
And wake up from this nightmare free
again
Free again,
Oh me again
There is a woman in my head
She comes to visit every night in
bed
The spiders dancing on the wall
Suicide of love we could have had it
all
And it is you,
You are the ghost behind my eyes
You, you are the ghost I behind my
eyes
You, you are the ghost I behind my
eyes
behind my eyes
The ghost behind my eyes
The ghost behind my eyes
The ghost behind my eyes

Tudo, menos uma comunidade.

Férias, malditas férias, o tempo todo na internet, sem nada pra fazer, acabo me envolvendo com coisas pra poder passar o tempo, comunidade no orkut de ataque à comunidades imbecis, engraçado, sim, mas o que era pra ser brincadeira,virou bangunça, depois de sofrer contra ataques a comunidade virou bagunça, em vez de união, desunião, todos se acusando, é só orkut, mas mesmo assim, me deixa tão desanimado. Por que as pessoas são assim? Chat no msn, mais acusações e bagunça, ao mesmo tempo que um amigo meu, de internet também, decidiu apagar todos do msn, ou quase todos, deixou apenas dois contatos, eu não sou um desses. Em meio à isso, eu vou me preocupar com uma comunidade do orkut? Não, saí do msn, saí da internet, fui parar pra pensar na vida. Fico só filosofando, por horas, enquanto uns brigam por coisas estúpidas, eu tenho muito mais motivo pra estar chateado. Normalmente tento ser legal com as pessoas, mas admito to começando a perder a paciência, qualquer dia desses, estouro e aí vai ter gente reclamando. Mas o fato do meu amigo ter me deletado, sim, isso me deixou muito pra baixo, eu entendo ele, as razões dele ter feito isso, confesso que já tive vontade de fazer o mesmo, mas mesmo assim, isso me derrubou.

Walter Victor

Júpiter Maçã

Composição: Indisponível

Walter Victor tomador de panca,
Walter Victor tomador de panca,
Walter Victor tomador de panca,
Yeah Allright!
Yeah Every Night!

Walter toma suas bolas farmacêuticas
Sua boca fica mole, palavras gozadas
Walter V. inteligente e bonito
Mas ninguém entende,
Não, nem as garotas, não
Ninguém entende o seu jeitão.

Walter Victor tomador de panca,
Walter Victor tomador de panca,
Walter Victor tomador de panca,
Yeah Allright!
Yeah Every Night!

Eu e Victor somos amigos há muito tempo
Eu já tomei pancas com ele, tipo Artani
Me senti um astronauta na lua
Mas não era a lua,
Não, não, não era a lua
Apenas quadras distantes da minha rua!

Victor fôra internado numa clínica
Os seus pais o colocaram num hospício
Walter V. inteligente e bonito
Mas ninguêm entende,
nem a medicina, não
Ninguém entende o seu jeitão

Walter Victor tomador de panca,
Walter Victor tomador de panca,
Walter Victor tomador de panca,
Yeah Allright!
Yeah Every Night!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Deusa Ísis

Quase perdi uma grande amiga minha, a [ÍSIS], só conheço pela internet, verdade, mas mesmo assim, considero ela muito, tem muito mais importância que várias pessoas que conheço de longa data e sempre estiveram por perto. Ela já tem vários problemas de saúde, apesar de guria nova, bem mais nova que eu. Por que mais esse acidente teve que acontecer com ela? Por que não comigo que sou saudável fisicamente? Por que não com ninguém com ninguém? Como disse meu colega ao comentar com ele. Tão nova, tantos problemas. Por que? Eu me sinto um imprestável, um incapacitado, alguém que não merece o que tem. Sei que culpa não tenho, mas mesmo assim, numa hora dessas, não consigo ser racional, sou muito mais sentimental nesses momentos.

Fiquei com muito medo, muito medo mesmo, tanta coisa me passou pela cabeça, sempre disse pra ela que se dependesse de mim, eu daria minha saúde pra ela, quem dera eu pudesse fazer isso. Enfim, pelo menos ela está bem, o tamanho do susto se converteu em alegria de mesmo tamanho. Queria estar lá, pode dar um abraço nela, uma pessoa tão querida, não merecia passar por isso, mas ela é tão forte, tão valente, consegue ficar menos preocupada com a gente, em vez dos outros animar e acalmar ela, o que sempre acontece é o contrário. Além de tudo que sofreu com o acidente, ainda tem de levantar a estima dos outros. Eu sou um nada perto dela.

Parabólica

Engenheiros do Hawaii


Ela pára
E fica ali parada
Olha-se para nada
(paraná)
Fica parecida
(paraguaia)
Pára-raios em dia de sol
Para mim
Prenda minha parabólica
Princesinha parabólica
O pecado mora ao lado
E o paraíso... paira no ar

... pecados no paraíso ...

Se a tv estiver fora do ar
Quando passarem
Os melhores momentos da sua vida
Pela janela alguém estará
De olho em você
Completamente paranóico
Prenda minha parabólica
Princesinha clarabólica
Paralelas que se cruzam
Em belém do pará
Longe, longe, longe (aqui do lado)
(paradoxo: nada nos separa)

Eu paro
E fico aqui parado
Olho-me para longe
A distância não separabólica

sábado, 19 de janeiro de 2008

Da minha natureza

Dois dias depois do lugar mais estranho que eu já fui, mais uma vez saio, agora festa de formatura, minha expressão de bunda imperou durante a festa toda. Mas dessa vez, pelo menos, não me senti pressionado a interagir com as pessoas, fiquei na minha, apenas observando tudo, tudo corria, se não bem, pelo menos aceitável, até que me pediram pra tirar fotos. Maldita hora que aceitei, pra piorar teria de ir pro centro da pista de dança, podia ser pior? Sim, minha irmã insistiu, insistiu, insistiu pra eu dançar com ela. Tentei de tudo pra não aceitar, mas ultimamente tenho tido uma enorme dificuldade pra negar algo aos outros, na verdade neguei, mas ela não aceitou e foi me puxando, nunca tinha dançado assim em público e sério, um horror esse sentimento, as únicas vezes que dancei e me soltei eu estava sozinho, em momentos de loucura na escuridão, dança sem ritmo, sem passo sem nada, o contrário dessa merda de maneira de interagir com as pessoas. Fato eu sou um desastre dançando, aquilo fudeu com minha noite, que já não era agradável. Me senti patético pelo resto da noite. De resto só fiquei olhando pra uma guria que trabalhava no estabelecimento, bonitinha, mas mais que isso, parecia-se com outra guria à qual sempre tive uma queda, mas nem me preocupei, o desânimo quanto a isso chegou a um estágio o qual sei que não tenho chance alguma, então nem me estresso mais, precisa me atrair muito mesmo, pra eu me importar e ou preocupar e ou sofrer. Preferia estar dançando comigo mesmo.

Billy Idol - Dancing With Myself
On the floor of Tokyo
Or down in London town to go, go
With the record selection
With the mirror reflection
I'm dancing with myself

When there's no-one else in sight
In the crowded lonely night
Well I wait so long
For my love vibration
And I'm dancing with myself

Oh dancing with myself
Oh dancing with myself
Well there's nothing to lose
And there's nothing to prove
I'll be dancing with myself

If I looked all over the world
And there's every type of girl
But your empty eyes
Seem to pass me by
Leave me dancing with myself

So let's sink another drink
'Cause it'll give me time to think
If I had the chance
I'd ask the world to dance
And I'll be dancing with myself

Oh dancing with myself
Oh dancing with myself
Well there's nothing to lose
And there's nothing to prove
I'll be dancing with myself

If I looked all over the world
And there's every type of girl
But your empty eyes
Seem to pass me by
Leave me dancing with myself

So let's sink another drink
'Cause it'll give me time to think
If I had the chance
I'd ask the world to dance
And I'll be dancing with myself

Oh dancing with myself
Oh dancing with myself
If I had the chance
I'd ask the world to dance
If I had the chance
I'd ask the world to dance
If I had the chance
I'd ask the world to dance

(Scat)

Dancing with myself
Dancing with myself
Dancing with myself
Dancing with myself

If I looked all over the world
And there's every type of girl
But your empty eyes
Seem to pass me by
Leave me dancing with myself

So let's sink another drink
'Cause it'll give me time to think
If I had the chance
I'd ask the world to dance
And I'll be dancing with myself

Oh dancing with myself
Oh dancing with myself
If I had the chance
I'd ask the world to dance
If I had the chance
I'd ask the world to dance
If I had the chance
I'd ask the world to dance


quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

O Submundo

Enfim, aceitei o convite do cara em sair com ele, o que ele queria então, ele antecipou a saída, me ligou antecipando para hoje a saída, eu tava no shopping, então esperei até às seis da tarde. Chegou o tão temido dia, finalmente saberia quais eram as intenções dele. O fato dele ligar antecipando a saída me preocupou ainda mais tanto quanto eu ter ligado de volta pro nº dele e ter escutado a seguinte mensagem: ”[operadora de telefonia] informa: o nº discado não existe” Não existe? Mas como, se ele acabou de me ligar desse nº? Que tipo de pessoa necessitaria esconder seu telefone? Devia desistir no exato momento, mas a fobia social pode ser mais perigosa do que se imagina, eu simplesmente não conseguia dizer não. Ainda mais pra alguém que até então eu não tinha nenhuma prova contra. O cara chega, de carro. [Amigo da internet] me disse: eu não teria feito um terço do que tu fez. Tá certo que os motivos dele nada tem a ver com medo, mas a maioria das pessoas jamais teria chegado a tal ponto, entrar no carro de uma pessoa o qual havia conversado com ela um dia apenas, num ônibus, sem ter a menor informação sobre tal pessoa, a não ser o que a própria contava. Mas eu entrei. Fobia social, sim, mas um pouco de loucura também. Queria arriscar, não aconselho a ninguém a fazer isso, é muito perigoso sim, mas eu fiz, não estava totalmente seguro de mim. Mas afinal, eu quero conhecer coisas diferentes, não necessariamente participar, mas conhecer, ver, presenciar. Fomos então à Capital Estadual, como o prometido.

No caminho, conversas, sobre a vida, sobre filosofia de vida, sobre o ser humano em si, sobre como levar a vida, sobre conceitos. Aquilo me aliviava, fiquei mais à vontade, de fato, parecia que o cara era gente boa. Chegando lá, o nome do lugar já me trazia maus indícios, E.V., um clube com nome pornográfico, dizia ele que lá fazem shows. Bem, vamos ver, um clube perto de uma das principais vias de acesso à Capital Estadual não poderia ser tão problemático assim.

Entramos, subimos ao primeiro piso, só homens, o cara começa a me contar, um clube gay, ou, como ele prefere chamar, de homens que sente prazer fazendo sexo com outros homens. Realmente, poucos ali eram frescos e faziam escândalos ou coisas do tipo, não escutei ninguém falando fino forçando voz de mulher. Nada dizia que eles gostassem de homens, a não ser o fato de alguns deles andarem tranqüilamente só de toalha ou então pelados mesmo. Ele já me havia avisado que ali vai todo o tipo de gente, gays, putas, travestis, lésbicas. Mas cadê as lésbicas e putas? Não que eu queria algo com elas, mas só via homens. Dizia ele que hoje tinha pouca gente, por isso só tinha homens. Hoje não era o dia que o lugar enchia. De fato tinha um bar, uma pista de dança, com um poste de ferro e cadeiras em volta, provavelmente o lance do show era verdade. Mas enquanto o show não começava, vamos ao segundo andar.

O segundo andar, um labirinto feito de corredores estreitos com várias portinhas, uma escuridão quase total, só quebrada pela luz da tv de algumas salinhas pequenas, mais ou menos 3m x 3m, tais tvs com vídeos pornôs passando, mulher com homem, mulher com mulher, homem com homem, é, deve vir tudo que é tipo de gente aqui, mas o ambiente começava a me assustar. Nesses corredores estreitos, passávamos por muitos outros homens, vestidos, pelo menos, mas nem um pouco educados [pra não chamar de outras coisas]. Ao passar por tais caras, eles apalpavam-me, apertavam minhas partes íntimas, me acariciavam, tudo isso apenas ao passar por eles, eles não paravam, muito menos eu, que afastava as mãos deles e continuava a caminhar quase sem enxergar. Segundo o meu conhecido, normal isso, eles apalparem todos. Estranhos corredores selvagens. O lugar maistrash que eu já freqüentara em minha vida, me sentia no submundo, talvez porque eu de fato, agora estava no submundo. Aquilo botava Party Monster (2003) no chinelo. Um ambiente de fazer inveja à filmes cults, um ambiente digno do underground nova-iorquino de filmes, semelhante aos primeiros minutos do filme francês Irréversible (2002).

Voltamos ao primeiro andar e o show começa. Um traveco e strippers masculinos dançam e tiram as roupas, ficam totalmente nus, chegam perto da gente, os outros acariciam, eu ignoro, não tocava neles, eles igualmente não tocavam em mim, bizarro eu dizer isso, mas respeitoso da parte dos strippers tal atitude.Mais bizarro era que do meu lado tenha dois velhos, um, mais ou menos 55 anos, o outro, perto dos 80, ali, esfregando-se nos strippers.

Acaba o show, subimos ao andar de cima novamente, andamos, de novo, um tempo pelo labirinto até entrar em uma das salinhas. Suspeito, eu mantive a porta aberta, pensei, é agora que ele vai tentar pra cima de mim, mas sou mais forte, se ele tentar qualquer coisa, quebro a cara dele e vou me embora. Mas não, ele nada tentou, essas salinhas tinha pequenos furos os quais dava pra enxergar o que acontecia nas salinhas do lado. Em uma, nada, vazia, porém na outra, sim, dois caras transavam, olhei, já que aqui estou, fizeram de tudo, o meu conhecido até ficou excitado ao ver isso, mas volto a dizer, não tentou nada, eu, nada senti, nem um pouco de tesão, nada. Acho que todo homem tem um pouco de receio de ser gay ou virar gay, pelo menos isso serviu pra me provar que não sou. Depois de um tempo, enquanto conversávamos sobre o mundo, um papo meio filosófico sobre a humanidade e seus conceitos, saímos dali e fomos de fato embora do clube, até pararmos para comer um xis e depois ir pra casa de fato. O mundo ali era outro, escondido das aparências da sociedade hipócrita, ali, homens que escondiam sua personalidade podiam soltar seus sentimentos, eram livres naqueles momentos, após iam pra casa como pessoas normais.... e não o são? Porque criticam essas coisas? Que mal estão fazendo? A vida não é deles? Por que eles não podem fazer isso sossegados? Ali vai o que é considerado podre pela sociedade, mas quem diz o que é podre?


Por fim, a sensação de estar em um ambiente desses é muito estranha, onde o mundo carnal reina, mas se eles tem prazer e o prazer é algo que se sente, por que não é sentimento também? Mas estar ali, ver aquilo, é tudo tão louco, tão cult, sensação melhor, coisa que eu nunca imaginei que diria, mas, sensação melhor, só a de sair dali, virgem, sem que meu pênis tivesse ficado ereto um segundo sequer.
É, dei um passeio pelo lado selvagem.

Walk On The Wild Side

Lou Reed

Composição: Indisponível

Holly came from Miami, FLA
Hitch-hiked her way across the USA
Plucked her eyebrows on the way
Shaved her legs and then he was a she
She says, Hey babe
Take a walk on the wild side
She said, Hey honey
Take a walk on the wild side

Candy came from out on the Island
In the backroom she was everybody's darlin'
But she never lost her head
Even when she was giving head
She says, Hey babe
Take a walk on the wild side
Said, Hey babe
Take a walk on the wild side
And the colored girls go doo do doo do doo do do doo, ....

Little Joe never once gave it away
Everybody had to pay and pay
A hussle here and a hussle there
New York City's the place where they said, Hey babe
Take a walk on the wild side
I said, Hey Joe
Take a walk on the wild side

Sugar Plum Fairy came and hit the streets
Lookin' for soul food and a place to eat
Went to the Apollo
You should've seen 'em go go go
They said, Hey sugar
Take a walk on the wild side
I Said, Hey babe
Take a walk on the wild side
All right, huh

Jackie is just speeding away
Thought she was James Dean for a day
Then I guess she had to crash
Valium would have helped that bash
Said, Hey babe,
Take a walk on the wild side
I said, Hey honey,
Take a walk on the wild side
And the colored girls say, doo do doo do doo do do doo, ....



Farinha do mesmo saco

Hoje fui obrigado a mudar minha rotina de férias, tive de ir a outra cidade que faz limite com o sul da cidade onde moro. Resolvi o que lá tinha de fazer e, como já estava lá mesmo, decidi dar uma passada no shopping, ver que filmes estariam passando e tal, coisa rápida, cheguei no shopping por volta das 13:45h, por um motivo que explicarei no próximo post, tive de ficar lá até as seis, sem absolutamente nada pra fazer. Como sempre fiz , nos momentos em que nada mais tenho a fazer, fiquei pensando na vida, mas isso logo passou, acabei que me distrai observando as pessoas, sentado em um banco, muitas vezes tive de ser rápido para poder observar tudo ao meu redor, talvez por fazer tempo que eu não saía de casa, qualquer coisa me chamava atenção.

Interessante o mundo e suas subdivisões, acham que estão sendo diferentes e originais ao se organizarem em clãs, em seitas. Emos, senhoras crentes, gays, pseudo-metaleiros, patys, boys, pit-boys, pessoas considerada “normais”,etc... dividiam o mesmo estabelecimento, todos no mesmo shopping, na mesma praça de alimentação, comprando na mesma loja, seguindo regrinhas estúpidas para participarem do seus devidos grupos. Se caham diferentes, mas não percebem que são todos iguais, todos farinha do mesmo saco. Eu? Também, no grupo das pessoas estranhas, o fato é que eu não faço nada pra pertencer a esses tipos de grupos, mas o não fazer nada, já é algo, portanto não me excluo. Somos todos o mesmo estúpido ser.

Muitos vagavam dando voltas pelo shopping atrás de algo que nem eles sabem, atrás da inclusão em algum grupo, tem de fazer aquilo, é isso o que tal grupo vai fazer agora, quem sou eu pra não participar, se eu não for junto, vestido do jeito do meu grupo, eu não farei parte de uma subdivisão da sociedade, logo, não farei parte da sociedade. Talvez eu não faça parte, ou faça. Outros se agarravam a qualquer pessoa na ânsia de fazerem o que todos fazem, pessoas que se percebe que não fazem aquilo por que querem, mas pra fazerem parte de algo, afinal, todo mundo faz, quem não faz, o que será?

Tudo isso, pra mim tão normal quanto as três únicas pessoas que falaram comigo dentro daquele shopping.

Um louco me pergunta que horas são e começa a me falar coisas sem nexo sobre o clima e o mundo, ou será que com nexo?

Outra velha conversava comigo sobre a aparição dela em um folheto de propagando do próprio shopping, talvez por necessidade de contar pra alguém fato de tanta importância, mas talvez nem estivesse falando comigo, haja visto que, ao sair de perto de mim, continuava a comentar tal assunto.

O último, um maltrapilho louco, ao passar por uma senhora da alta classe, olhou pra mim e comentou: Ô cadela!

O mais sábio que encontrei naqueles três andares de shopping.


Muita Estrela, Pouca Constelação

Raul Seixas

Composição: Raul Seixas/Marcelo Nova

A festa é boa tem alguém que tá bancando
Que lhe elogia enquanto vai se embriagando
E o tal do ego vai ficar lá nas alturas
Usar brinquinho pra romper as estruturas

E tem um punk se queixando sem parar
E um wave querendo desmunhecar
E o tal do heavy arrotando distorção
E uma dark em profunda depressão

Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é muita estrela, pra pouca constelação

Tinha um junkie se tremendo pelos cantos
Um empresário que jurava que era santo
Uma tiete que queria um qualquer
E um sapatão que azarava minha mulher

Tem uma banda que eles já vão contratar
Que não cria nada mas é boa em copiar
A crítica gostou vai ser sucesso ela não erra
Afinal lembra o que se faz na inglaterra

Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é muita estrela, pra pouca constelação

E agora vem a periferia


O fotógrafo, ele vai documentar
O papo do mais novo big star
Pra'quela revista de rock e de intriga
Que você lê quando tem dor de barriga

E o jornalista ele quer bajulação
Pois new old é a nova sensação
A burrice é tanta, tá tudo tão a vista
E todo mundo posando de artista

Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é muita estrela, pra pouca constelação
.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O que me espera?

O dia já se tornou noite e vice versa, minhas madrugadas são frente ao pc, o tédio me toma conta, de dia, horas mal dormidas acordando e voltando a cochilar, mas o dia acordado seria pior, o calor aliado à falta do que fazer é quase uma carta de suicídio pra mim.

Dizem que não há coincidências, que nada é por acaso, eu discordo, acho que tudo são acasos, não creio nesse papo de que tudo que acontece na nossa vida tem um sentido, mas o fato é que, misteriosamente, me livrei de ter de pedir aos meus pais pra sair, meu pai perguntou o que o cara queria, eu disse que ele me convidou pra sair e meu pai disse pra eu sair, algo estranho, mas me livrei de um peso.

Agora, só me resta esperar pra ver, ainda acho que é muito perigoso sair assim com uma pessoa mais velha que eu mal conheço, mas tento criar coragem e pensar que eu não tenho nada a perder, minha vida nunca valeu nada e poucos são os que realmente necessitam de mim, tenho de arriscar, é a vida, não vou lutar contra isso, se é pra acontecer, que aconteça, não vou interferir, não vou ficar em casa protegido são e salvo. O cara me parece bem legal, acho que tudo isso pode ser só paranóia minha, mas certeza nessa vida, só da morte.

Canto para Minha Morte

Raul Seixas

Composição: Raul Seixas e Paulo Coelho

Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar

Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?

Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...

Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...

Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

domingo, 13 de janeiro de 2008

Sempre os mesmos problemas

Os velhos problemas da fobia social, não conseguir dizer não e não conseguir pedir algo. Primeiro, o não, pra um conhecido relâmpago no ônibus, o qual só conversei uma vez, e que agora me convida pra sair. Uma boa idéia, sim, gostaria de sair, de conhecer lugares, mas com alguém que eu não sei de onde é, não sei se tudo o que falou é verdade, que intenções ele tem. A princípio, parece uma pessoa muito legal, apenas afim de fazer amizade. Mas será? Queria dizer não, não por isso tudo, mas pelo fato de não conseguir pedir aos meus pais pra sair, e, de fato, quando ele me convidou, aceitei, mesmo querendo dizer não. Não tenho mais volta, o primeiro problema não foi resolvido e acarretou em outro, pedir pros meus pais. Algo tão simples pra maioria das pessoas, mas pra mim, mais difícil que uma guerra. Uma merda, algo tão simples, a qual eu sei que meu pai apoiaria, e eu não consigo fazer por sentir vergonha. Algo patético, mas eu simplesmente bloqueio, travo e não faço nada. É nessas horas, nessa véspera de resolução, que eu fico mais ansioso, não durmo bem, não faço nada tranqüilo, fico angustiado o dia todo, me sinto ridículo e patético, começo a suar frio, mas pedir pros meus pais, não, nada.

Mesmo os remédios que tomam não resolvem isso.

Síndrome de Pânico

Júpiter Maçã

Composição: Flávio Basso

Não vai mais sair na rua
Síndrome de pânico
Não vai mais passear no parque
Síndrome de pânico

Não vais namorar ninguém
Não vais conversar com ninguém
Aonde está o remédio?
Aonde está a solução?

Ao libertar-se do alcoolismo
Síndrome de pânico
Síndrome de pânico

Não vais conversar com ninguém
Não vais namorar ninguém
Aonde está o remédio?
Aonde está a solução?

Não vais conversar com ninguém
Não vais namorar ninguém
Aonde está o remédio?
Aonde está a solução?

Síndrome de pânico
Síndrome de pânico
Síndrome de pânico
Síndrome de pânico
Síndrome de pânico




quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Dane-se tudo

Na verdade, o tempo de matrícula da faculdade é maior, a informação antiga foi mal comunicada, mas o fato, é que ainda tenho chance de continuar no curso. O que tanto antes me perturbava, o medo de não poder continuar, pela primeira vez, ao receber a notícia de que ainda teria mais tempo pra rematrícula, não me incomoda mais tanto, não pelo fato de eu ainda ter chances de continuar, mas pelo fato de que eu não estaria perdendo tanto em sair de lá. A notícia de que o prazo é maior, não me aliviou muito, parece que não me afeta o tanto quanto imaginava, o que mostra que esse não é o meu verdadeiro problema. Cinema, continuarei fazendo, onde quer que seja.

Mas se isso não é o meu problema qual é?

Acho que existem poucas razões que me fazem continuar no curso, primeiro, meus dois melhores amigos, que estudam comigo, depois, o caminho percorrido, um ano já passou, só faltam dois pra eu pegar essa merda de diploma e ter meu curta pronto. E, por fim, sei que tem muita gente que ficaria muito feliz em me ver fora do curso, um prazer, que eu não quero dar a tais pessoas de jeito algum. Parabéns aos maravilhosos alunos do meu curso, tenho certeza de que serão ótimos críticos de cinema.

Rockxixe

Raul Seixas

Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho

Vê se me entende, olha o meu sapato novo
Minha calça colorida o meu novo way of life
Eu tô tão lindo porém bem mais perigoso
Aprendi a ficar quieto e começar tudo de novo

O que eu quero, eu vou conseguir
O que eu quero, eu vou conseguir
Pois quando eu quero todos querem
Quando eu quero todo mundo pede mais
E pede bis

Eu tinha medo do seu medo
do que eu faço
Medo de cair no laço
que você preparou
Eu tinha medo de ter que dormir mais cedo
numa cama que eu não gosto só porque você mandou...

Você é forte mais eu sou muito mais lindo
O meu cinto cintilante, a minha bota, o meu boné
Não tenho pressa, tenho muita paciência
Na esquina da falência
que eu te pego pelo pé

Olha o meu charme, minha túnica, meu terno
Eu sou o anjo do inferno que chegou pra lhe buscar
Eu vim de longe, vim d´uma metamorfose
Numa nuvem de poeira que pintou pra lhe pegar

Você é forte, faz o que deseja e quer
Mas se assusta com o que eu faço, isso eu já posso ver
E foi com isso justamente que eu vi
Maravilhoso, eu aprendi que eu sou mais forte que você

O que eu quero, eu vou conseguir
O que eu quero, eu vou conseguir
Pois quando eu quero todos querem
Quando eu quero todo mundo pede mais
E pede bis, e pede mais...




quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Ano novo, tudo igual

Ano novo, vida nova, hora de festejar o que teve de bom em 2007, esquecer as coisas ruins e desejar à todos tudo de bom pra 2008. Nesses momentos o mundo é maravilhoso, mas por que? Que tem de mais numa virada de ano? Não deixa de ser uma virada de mês, de dia, de hora, de minuto, segundo, etc. Eu, reunido com pseudo parentes, todos desconhecidos pra mim, meus pais os conheciam. Quantas pessoas, umas trinta, sim, mais uma festa para um fóbico, que maravilha, chegar em algum lugar, ter de cumprimentar todas as pessoas. O pânico se instaurou em mim, olhava assustado pra tudo aquilo, fiquei com medo de que percebessem, senti meus olhos arregalados denunciando meu pavor, mesmo assim, timidamente, eu, como um pateta, fui atrás da minha mãe cumprimentando todos que ela cumprimentava. Mesmo assim, uma prova de fogo. Muita tensão. E não parava de chegar gente, menos mal, que eles tinham de vir me cumprimentar, mesmo assim, muita tensão. O medo é irracional, parava eu e respirava fundo relaxa meu corpo, à essa hora todos os músculos estavam contraídos, a taquicardia se manifestava intensamente.

Mas a festa, mal havia começado, muito tempo eu teria pela frente, muita gente ainda chegaria, tendo passado a chegada e os cumprimentos, só me preparava pra janta, outra tarefa difícil pra mim, ficava eu olhando para uma bola, pequena, mais ou menos 15 cm de raio, pendurada na calha ou algo parecido. Servia como enfeite de natal, tinha luzes piscantes, mas piscavam lentamente, diminuíam e aumentavam a intensidade vagarosamente. Eu a fitei, ela pareceu me encarar, parecia me condenar, seus lentos movimentos luminosos pareciam me dizer que a festa ia fazer de tudo pra me derrubar, senti mais medo olhando pra ela, mas aos poucos fui sentido tristeza, e parei de olhá-la. Virei para o infinito e tentei relaxar enquanto torcia para que ninguém viesse conversar comigo.

Mas nada feito, algo parecia estar de sacanagem comigo, como se não bastasse algumas pessoas me falarem sobre aproveitar a vida ao máximo e no exato momento, o que já me deixava pra baixo, haja visto que me acontecia justamente o contrário, alguém ainda pergunta pra minha mãe: “Cadê tua nora?” Eu, como olhava para o infinito, fingi que não ouvi, mesmo assim meu pai me cutucou e me perguntou: “Ouviu o que ele disse?” Respondi que não, então a pessoa repete a pergunta: E tua nora? Sorriso sem mostrar os dentes junto com um gemido breve tipo: “hmmm”. Minha única e patética reação perante isso. Fiquei mais pra baixo ainda, como se não bastasse eu sempre estar sofrendo com esses meus problemas que a timidez me causa, parece que as pessoas ainda têm a necessidade de ficarem me lembrando e cobrando isso. A noite não ia me deixar em paz. Várias vezes meu sentimento era uma necessidade de fuga, sentia que precisa sair dali. Não podia, não tinha como, apesar de olhar os limites do terreno e ver que era algo bem fácil.
Hora da janta, pra minha surpresa, consegui me servir tranqüilamente, as coisas estariam mudando? Não, apesar de jantar sem me incomodar, logo após, vieram conversar um pouco comigo, uma pessoa só, eu até queria continuar a conversa, mas é incrível como travo nessas horas, minhas respostas curtas e grossas, provavelmente afastaram a pessoa, provavelmente pensou que eu era um grosso e nojento. É o preço que se paga por ser tímido.

Pouco tempo depois, a tão esperada virada de ano, champagne, champagne, champagne, mas não adiantou, nem com os 2mg de rivotril que tomei durante a festa, me adiantaram pra me deixar mais solto, já tava tonto, desejei feliz ano novo à quem me veio desejar, os que não vieram, não fui, fiquei num canto, viesse quem quisesse, culpa minha de não ter abraçado todo mundo? Sim, mas culpa deles também. Alguém passa por mim e, sem querer, esbarra em meu braço, meu champagne voa pra minha camisa,alguns considerariam problema, pra mim, perto da minha timidez, passou batido aquilo.
E segue a noite, sair mais cedo que os outros, significa ir até as pessoas e se despedir, resultado, fui, junto com os meus pais, o último a ir dormir, assim, os que iam saindo tinham de vir até mim se despedir, difícil ainda, porém muito menos que se fosse eu que me dirigisse a eles. Dormir lá, numa casa estranha, de gente estranha, ainda foi melhor que vir embora cedo.
Porém, por dormir às 7:00, fui também o que acordei mais tarde, o que significa, chegar e dar bom dia a todos, por sorte, quando acordei, todos já estavam à mesa, dei um oi geral e ficou por isso mesmo. Pra sair, pouca gente, foi difícil me despedir, mas foram poucas despedidas.

Saí bem de lá? Meu corpo, apesar dos músculos retraídos, do coração à mil, de todas as tensões, sim, mas minha alma não, minha alma continua arrasada, até porque, em meio às pessoas felizes, sorrindo, interagindo, estava lá eu só, olhando pro vazio, até olhar pra cima, e ver uma estrela, sozinha no céu, me deu vontade de jogar uma corda e subir até ela, me identifiquei com ela, mas a vontade de subir era novamente o desejo de uma fuga abrupta que me tirasse daquele horror. Horror pra mim, só pra mim, os outros estavam bem, pros outros a festa foi o que realmente desejavam, ainda mais com música ao vivo, alguns dançavam, eu olhava e apenas escutava as músicas. Enquanto eu sofria observando as pessoas rindo, o podre músico boêmio cantava:


Azul da Cor do Mar

Tim Maia

Composição: Tim Maia

Ah!
Se o mundo inteiro
Me pudesse ouvir
Tenho muito prá contar
Dizer que aprendi...

E na vida a gente
Tem que entender
Que um nasce prá sofrer
Enquanto o outro ri

Mas quem sofre
Sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
Razão para viver...

Ver na vida algum motivo
Prá sonhar
Ter um sonho todo azul
Azul da cor do mar...

Mas quem sofre
Sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
Razão para viver...

Ver na vida algum motivo
Prá sonhar
Ter um sonho todo azul
Azul da cor do mar...